sexta-feira, 15 de julho de 2011
História da Viola Caipira ou Cabocla
(Imagem: Almeida Júnior, 1850-1899)
Trazida pelos Portugueses que vieram colonizar e povoar as terras descobertas por Cabral, servia como alento para a saudade e enchia os momentos de lazer! No Brasil, sofreu algumas modificações,não só em sua anatomia, mas no número de cordas.
(Fonte: Wikipédia)
Trazida pelos Portugueses que vieram colonizar e povoar as terras descobertas por Cabral, servia como alento para a saudade e enchia os momentos de lazer! No Brasil, sofreu algumas modificações,não só em sua anatomia, mas no número de cordas.
Existem diversas lendas e histórias acerca da tradição dos violeiros.
Há diversas lendas e histórias a respeito das afinações da viola. O nome da afinação Cebolão seria do fato de as mulheres chorarem, emocionadas ao ouvir a música, como quem corta cebola.
A afinação Rio Abaixo seria originada na lenda de que o Diabo costumava descer os rios tocando viola nessa afinação e, com ela, seduzindo as moças e as carregando rio abaixo. Do violeiro que utiliza esta afinação diz-se, eventualmente, que pode estar enfeitiçado ou ter feito pacto com o demônio.
Acredita-se que a arte de tocar viola seja um dom de Deus, e quem não o recebeu ao nascer nunca será um violeiro de destaque. Porém, a lenda diz que mesmo a pessoa não contemplada com este dom pode adquirir habilidade de um bom violeiro. Uma das opções seria uma magia envolvendo uma cobra-coral venenosa e é conhecida comosimpatia da cobra-coral. Outro modo seria fazer rezas no túmulo de algum antigo violeiro na sexta-feira da paixão. Há ainda a possibilidade de o violeiro firmar um pacto com o Diabo para aprender a tocar viola.
O pesquisador Antônio Candido conta que na região da Serra do Caparaó, assim como em outras, o Diabo é considerado o maior violeiro de todos. Tal mito explica a quantidade de histórias, em todo o Brasil, de violeiros que teriam feito pacto com o Diabo para tocarem bem. Porém, o violeiro que faz este tipo de pacto não vai para o inferno já que todos no "céu" querem violeiros por lá.
Uma característica dos violeiros típico do nordeste são os duelos de tocadores. Todo bom violeiro se auto-afirma o melhor da região. Se outro violeiro o contraria, o duelo está começado.
Em certas regiões, por tradição, as violas carregam pequenos chocalhos feitos de guizo de cascavel, pois segundo a lenda, tem poder de proteção para a viola e para o violeiro. Segundo contam os violeiros de antigamente, o poder do guizo chega a quebrar as cordas e até mesmo o instrumento do violeiro adversário.
(Fonte: Wikipédia)
" Cremos entretanto que a vida nômade dos sertanistas e bandeirantes não impedia o uso da viola. Trago para estas páginas o testemunho insuspeito de meu avô materno, Virgílio Maynard, tropeiro, que dos 12 aos 60 anos de idade, isto é, desde 1870 palmilhou as invias estradas do Rio Grande do Sul a São Paulo. Contava que nunca vira seus peões e camaradas viajarem sem sua viola, quase sempre conduzida dentro de um saco, amarrada à garupa de seu animal vaqueano. Não havia pouso que após o trabalho azafamado do dia, não tocassem antes de dormir o sono reparador. Quando a zona era infestada por animais ferozes e havia necessidade de dormir com o fogo aceso noite a dentro, o violeiro, no interregno de lançar achas ao braseiro, plangia sua viola dolentemente." (Professor Alceu Maynard de Araújo - Artigos da Revista Sertaneja - Julho de 1958 a Maio de 1959).
E, é dessa força do trabalhador, do tropeiro, do caipira, que surge a força da música sertaneja!!
Viola Cabocla
Viola cabocla não era lembrada...
Veio pra cidade sem ser convidada...
Junto com os vaqueiros trazendo a boiada...
O cheiro do mato e o pó da estrada...
Fez grande sucesso...
Com a... disparada...
Veio pra cidade sem ser convidada...
Junto com os vaqueiros trazendo a boiada...
O cheiro do mato e o pó da estrada...
Fez grande sucesso...
Com a... disparada...
Viola cabocla feita de pinheiro...
Que leva alegria pro sertão inteiro...
Trazendo saudade dos que já morreram...
Nas noites de lua do sai no terreiro...
Consolando a mágoa...
Do triste... violeiro...
Que leva alegria pro sertão inteiro...
Trazendo saudade dos que já morreram...
Nas noites de lua do sai no terreiro...
Consolando a mágoa...
Do triste... violeiro...
Viola cabocla é bem brasileira...
Sua melodia atravessou fronteira...
Levando a beleza pra terra estrangeira...
Do nosso sertão é a mensageira...
É o verde amarelo...
Da nossa... bandeira...
Sua melodia atravessou fronteira...
Levando a beleza pra terra estrangeira...
Do nosso sertão é a mensageira...
É o verde amarelo...
Da nossa... bandeira...
Viola cabocla seu timbre não falha...
Criada no mato como a samambaia...
Veio pra cidade de chapéu de palha...
Mostrou seu valor vencendo a batalha...
Voltou pro sertão...
Trazendo... a medalha...
Criada no mato como a samambaia...
Veio pra cidade de chapéu de palha...
Mostrou seu valor vencendo a batalha...
Voltou pro sertão...
Trazendo... a medalha...
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