(Imagem: Almeida Júnior, 1850-1899)
Trazida pelos Portugueses que vieram colonizar e povoar as terras descobertas por Cabral, servia como alento para a saudade e enchia os momentos de lazer! No Brasil, sofreu algumas modificações,não só em sua anatomia, mas no número de cordas.
(Fonte: Wikipédia)
Trazida pelos Portugueses que vieram colonizar e povoar as terras descobertas por Cabral, servia como alento para a saudade e enchia os momentos de lazer! No Brasil, sofreu algumas modificações,não só em sua anatomia, mas no número de cordas.
Existem diversas lendas e histórias acerca da tradição dos violeiros.
Há diversas lendas e histórias a respeito das afinações da viola. O nome da afinação Cebolão seria do fato de as mulheres chorarem, emocionadas ao ouvir a música, como quem corta cebola.
A afinação Rio Abaixo seria originada na lenda de que o Diabo costumava descer os rios tocando viola nessa afinação e, com ela, seduzindo as moças e as carregando rio abaixo. Do violeiro que utiliza esta afinação diz-se, eventualmente, que pode estar enfeitiçado ou ter feito pacto com o demônio.
Acredita-se que a arte de tocar viola seja um dom de Deus, e quem não o recebeu ao nascer nunca será um violeiro de destaque. Porém, a lenda diz que mesmo a pessoa não contemplada com este dom pode adquirir habilidade de um bom violeiro. Uma das opções seria uma magia envolvendo uma cobra-coral venenosa e é conhecida comosimpatia da cobra-coral. Outro modo seria fazer rezas no túmulo de algum antigo violeiro na sexta-feira da paixão. Há ainda a possibilidade de o violeiro firmar um pacto com o Diabo para aprender a tocar viola.
O pesquisador Antônio Candido conta que na região da Serra do Caparaó, assim como em outras, o Diabo é considerado o maior violeiro de todos. Tal mito explica a quantidade de histórias, em todo o Brasil, de violeiros que teriam feito pacto com o Diabo para tocarem bem. Porém, o violeiro que faz este tipo de pacto não vai para o inferno já que todos no "céu" querem violeiros por lá.
Uma característica dos violeiros típico do nordeste são os duelos de tocadores. Todo bom violeiro se auto-afirma o melhor da região. Se outro violeiro o contraria, o duelo está começado.
Em certas regiões, por tradição, as violas carregam pequenos chocalhos feitos de guizo de cascavel, pois segundo a lenda, tem poder de proteção para a viola e para o violeiro. Segundo contam os violeiros de antigamente, o poder do guizo chega a quebrar as cordas e até mesmo o instrumento do violeiro adversário.
(Fonte: Wikipédia)
" Cremos entretanto que a vida nômade dos sertanistas e bandeirantes não impedia o uso da viola. Trago para estas páginas o testemunho insuspeito de meu avô materno, Virgílio Maynard, tropeiro, que dos 12 aos 60 anos de idade, isto é, desde 1870 palmilhou as invias estradas do Rio Grande do Sul a São Paulo. Contava que nunca vira seus peões e camaradas viajarem sem sua viola, quase sempre conduzida dentro de um saco, amarrada à garupa de seu animal vaqueano. Não havia pouso que após o trabalho azafamado do dia, não tocassem antes de dormir o sono reparador. Quando a zona era infestada por animais ferozes e havia necessidade de dormir com o fogo aceso noite a dentro, o violeiro, no interregno de lançar achas ao braseiro, plangia sua viola dolentemente." (Professor Alceu Maynard de Araújo - Artigos da Revista Sertaneja - Julho de 1958 a Maio de 1959).
E, é dessa força do trabalhador, do tropeiro, do caipira, que surge a força da música sertaneja!!
Adorei a matéria!!!
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